Quando era mais jovem, queria ser
especial e que todos se lembrassem de mim. Mas, agora, este desejo perdeu
força. Descobri que ser efêmero não é ruim. Sou mais um na multidão a procurar
meu espaço e sempre estou descobrindo algo novo. Entretanto, não se pode
confundir a efemeridade com ser descartável, a primeira se transforma e o outro
polui imutavelmente o planeta por vários anos. O tempo vem, meus pelos estão
ficando brancos e não me envergonharei. Não quero ser inimigo dele, pelo
contrário, que seja meu companheiro de travessia. Lógico, que tenho medo de
morrer e ficar doente, todavia, estou aprendendo a lidar com a ansiedade, conheço
a cada dia um lado oculto de mim. Consequentemente conquistei a liberdade,
mesmo que eu tenha obrigações a fazer. Revelarei um segredo, por estar
descobrindo minha individualidade, os fios que me atrelam não conseguem me
prender totalmente. Posso aparentar ser uma marionete, mas não sou.
Tenho a consciência de que tudo que
escrevi outros já refletiram. Não tenho a pretensão de descobrir a pólvora.
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