No último sábado, fui ao centro para a manifestação a favor da democracia. Encontrei uma antiga
professora e a toquei de leve
para cumprimentá-la. Ela
passou direto e
me deixou no
vácuo. No primeiro momento, fiquei
constrangido, porém, comecei a
refletir que a
professora tem o direito de
não se lembrar de
mim. Quantas pessoas passaram pela minha e esqueci-me delas, também, e vice-versa.
Frequentemente, precisamos desapegar de pessoas e objetos com a intenção de
seguir em frente e conhecer novos caminhos. De repente, estava apressada para ver alguém ou tinha um compromisso importante. Caí do meu egocentrismo e deixei de me levar
muito a sério, como um simples
mortal.
Depois da manifestação fui ao Centro Cultural Banco do Brasil. Quando
descia da escada, escorreguei e
caí de costas nos degraus da
escada. Detalhe, havia um monte
gente nela à espera para entrar numa
exposição. Minha irmã, disse-me que tentaram me ajudar, porém, levantei
rápido e desci rapidamente sem falar com
ninguém, estava envergonhado. Por que a queda na escada me abalou tanto?
Percebi-me vulnerável aos olhares alheios e
com orgulho ferido. Como sou
tolo, para me encontrar de fato, preciso passar por todas as situações. Na fragilidade, posso encontrar a verdadeira força de
viver. Ensinaram-me desde cedo que eu precisava ser rocha,
mas, ela é destruída pelas ondas do mar por vários séculos. É bom saber o momento que se precisa de ajuda, aprender a lidar com as limitações e a se resignar de não ter o controle de tudo.
Depois de desenvolver este texto, conclui que quando escrevo, também, sofro uma
queda. Exponho a fragilidade do meu discurso, além da falta de conhecimento da ortografia
e da gramática, vivo derrapando. Quando leio
textos antigos, então, fico desgostoso por escrever tanta asneira repleta de
clichês. Estabaco no chão e entendo que preciso ler mais.
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