Ontem
assisti novamente ao filme Cisne Negro e a história mostra brilhantemente como
na arte não adianta só uma técnica apurada, mas necessita passar emoção também.
Nina
é uma jovem bailaria exemplar e com o domínio dos passos e saltos, só que não
consegue transmitir emoção. Quando consegue o papel principal do Cisne Negro,
sente dificuldade de fazer a irmã gêmea má, pois não consegue sensualizar,
mesmo desempenhado bem a personagem da irmã boa que é transformada em um cisne.
Nina
não consegue lidar com o fracasso e tem distúrbios psicológicos e psíquicos. Na
verdade, ela quer desempenhar o papel da boa menina e aluna aplicada, mas a
profundeza de seu inconsciente prega peças nela. Ela se depara com outra Nina,
mais selvagem e obscura.
Quantos
de nós somos que nem Nina, tentamos ficar na superfície das máscaras sociais e
não nos adentramos no fundo do mar para encontrar a verdadeira individualidade?
Nina
achava que os outros queriam prejudicá-la, porém era ela sua pior inimiga. Na
verdade, projetava-se nos outros. Talvez, se aceitasse fragmentada e não
somente a boa garota, ela fluiria melhor como bailarina. Poderia até se tratar
com um psiquiatra para melhorar de seus distúrbios e até de uma possível
esquizofrenia...
Por
isso, faço o oposto de Nina e admitido minhas fraquezas e obscuridade. Assim,
fico alerta em relação às armadilhas de meu inconsciente.
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