quarta-feira, 16 de setembro de 2015

NOVAMENTE



Ontem assisti novamente ao filme Cisne Negro e a história mostra brilhantemente como na arte não adianta só uma técnica apurada, mas necessita passar emoção também.
Nina é uma jovem bailaria exemplar e com o domínio dos passos e saltos, só que não consegue transmitir emoção. Quando consegue o papel principal do Cisne Negro, sente dificuldade de fazer a irmã gêmea má, pois não consegue sensualizar, mesmo desempenhado bem a personagem da irmã boa que é transformada em um cisne.
Nina não consegue lidar com o fracasso e tem distúrbios psicológicos e psíquicos. Na verdade, ela quer desempenhar o papel da boa menina e aluna aplicada, mas a profundeza de seu inconsciente prega peças nela. Ela se depara com outra Nina, mais selvagem e obscura.
Quantos de nós somos que nem Nina, tentamos ficar na superfície das máscaras sociais e não nos adentramos no fundo do mar para encontrar a verdadeira individualidade?
Nina achava que os outros queriam prejudicá-la, porém era ela sua pior inimiga. Na verdade, projetava-se nos outros. Talvez, se aceitasse fragmentada e não somente a boa garota, ela fluiria melhor como bailarina. Poderia até se tratar com um psiquiatra para melhorar de seus distúrbios e até de uma possível esquizofrenia...
Por isso, faço o oposto de Nina e admitido minhas fraquezas e obscuridade. Assim, fico alerta em relação às armadilhas de meu inconsciente.


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