Desde que me entendo por gente, sinto uma tristeza quando
chega o domingo. Experimento, uma preguiça dolorida que não conseguia
raciocinar. Significava que tudo começaria de novo.
A origem de tudo está no ingresso à escola. Desde pequeno,
quando o domingo avançava, os pensamentos de acordar cedo me paralisava de
preguiça. Inclusive, com o passar do tempo, eu postergava meus deveres e
escrevia qualquer coisa para driblar os professores. Inventava números e
colocava como resposta sim, não, talvez. Além de não ter um bom relacionamento
com meus colegas de escola, nunca pertenci a nenhum grupo. Sempre fui um peixe
fora d’água.
Hoje em dia, tento superar a tristeza dominical. Mas, as
lembranças continuam vivas, martelando em mim e, constantemente tropeço nas
mesmas pedras no meio do caminho. Talvez, não seja burrice, faz parte da
natureza humana e se descobrir repetir os mesmos erros, é um caminho para se
tornar um indivíduo melhor.
Dizem que escrever liberta, quem sabe este texto mal escrito
seja um passo e, com o passar dos anos, o Domingo se torne mais um dia, para
mim. Sem o mal-estar que me assola há décadas.
Concretizar em texto meu mal-estar dominical é uma forma de
amadurecimento.
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