domingo, 30 de junho de 2019

Melancolia no domingo


Desde que me entendo por gente, sinto uma tristeza quando chega o domingo. Experimento, uma preguiça dolorida que não conseguia raciocinar. Significava que tudo começaria de novo.

A origem de tudo está no ingresso à escola. Desde pequeno, quando o domingo avançava, os pensamentos de acordar cedo me paralisava de preguiça. Inclusive, com o passar do tempo, eu postergava meus deveres e escrevia qualquer coisa para driblar os professores. Inventava números e colocava como resposta sim, não, talvez. Além de não ter um bom relacionamento com meus colegas de escola, nunca pertenci a nenhum grupo. Sempre fui um peixe fora d’água.

Hoje em dia, tento superar a tristeza dominical. Mas, as lembranças continuam vivas, martelando em mim e, constantemente tropeço nas mesmas pedras no meio do caminho. Talvez, não seja burrice, faz parte da natureza humana e se descobrir repetir os mesmos erros, é um caminho para se tornar um indivíduo melhor.

Dizem que escrever liberta, quem sabe este texto mal escrito seja um passo e, com o passar dos anos, o Domingo se torne mais um dia, para mim. Sem o mal-estar que me assola há décadas.
Concretizar em texto meu mal-estar dominical é uma forma de amadurecimento.


sexta-feira, 14 de junho de 2019

DESTRUIR É FRAQUEZA


Destruir pode dar uma falsa sensação de extravaso ou gozo. Mas, a insatisfação e a impotência continuam a assombrar. 

Talvez, quando você depreda um ponto de ônibus, sente-se poderoso e depois? A sua vida melhora?


A depredação não vem da potência. Emerge na fraqueza de não saber lidar com as frustrações.


Não adianta quebrar as coisas com raiva, continuará sendo um perdedor, que desistiu de argumentar, para se refugiar na barbárie. 


Cada vez mais estamos nos tornando homens-bomba emocionais, os quais explodem tudo que se vê pela frente.


Estamos miseráveis de corpo e alma e nos agarramos a qualquer sensação momentânea.