segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Domingou

O sentimento angustiante de não fazer o dever de matemática persiste, apesar do tempo. Há anos que terminei o colégio.
Uma preguiça dolorida ao entardecer; pensar em acordar cedo e fazer as mesmas coisas. Sou reflexo de Sísifo a carregar uma pedra infinitamente. Sinto que nasci em dívida.
Por que não consigo se acostumar com a rotina? Por que minha preguiça dói? Por que sinto que desperdiço meu tempo?
Não quero conselhos financeiros e nem autoajuda. Aliás, não acredito em "falsos profetas" que exploram a inocência e o desespero das pessoas para enganá-las.
Só estou de saco cheio da vida. Amanhã, eu me levantarei no mesmo horário.

Vida que segue, sobrevivendo...


Liberte-se dos outros e de você

 Em muitas ocasiões, precisamos nos livrar das expectativas dos outros, não podemos ser projetos de ninguém, já que somos indivíduos independentes.

Também, há a necessidade de se libertar da perfeição. A vida dá merda e muitas vezes as coisas desejadas não veem do jeito que se imagina.
De repente, precisa-se parar de focar e ser menos obcecado, para encontrar outros caminhos e novas formas de viver.
No momento, não quero ser mais uma versão melhor de mim. (Aliás, versão melhor de mim para quem? Para os outros? Para mim?).
Almejo, libertar-me dos outros e de mim mesmo, para me entender melhor e perceber que estou em constante mudança.
Foda-se se nunca poderei viajar para outras terras, ou se nunca conseguirei ler todos os livros indicados ou se nunca realizarei a tão sonhada estabilidade financeira.
O importante é saber sobre o que eu quero, gosto e importo, realmente. Cada vez mais me conhecer um pouco.

OBS: NARRATIVA EM CONSTRUÇÃO...